sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Cyber-proseando



A beleza sintética da modernidade, os olhares: espelhos sem reflexos. Não importa onde, globalização. Moda, molde, mídialização. Na boca da massa, nas casas, nas telas das TVs, nos out-doors. Te instigam a ser, a ter,o que só os olhos podem ver.
Nos corpos de plástico, desejos consumistas. Seguem padrões,-seres estáticos- musas tecnológicas dos poetas cibernéticos, têm boca, mas não falam, não usam Natura Chronos, pois rugas não possuem. Não precisam de chocolate diet nem tampouco Zero cal.

- Não distinguem açúcar e sal.

Não frequentam o high society, não conhecem o bem e o mal. A linguagem que usam é sedução imagética. As manequins de vitrine emagreceram para sempre. Foram criadas para serem vestidas.
As musas representadas por esculturas de cimento e pedra foram criadas para serem despidas. Falam da beleza de serem únicas, sem moldes, curvas naturais, rostos expressivos, um dia vistos vivos e eternizados por poetas e escultores, que captaram seus olhares mais ternos, suas dores e sorrisos - eternos-

Fotos e texto: Maria Júlia Pontes
Trabalho desenvolvido para aula de Tecnologias da Informação e da Comunicação Aplicadas ao Ensino. / Prof. Ênio Moraes - UNINOVE, Sâo Paulo

Um comentário:

Anônimo disse...

hmmm..achei mt bom o txt.. contemporâneo.. da hora msm.. e traz esse instante d caos moderno.

é uma impressaum precisa da coisa